Na atualidade, Carolina de Jesus é uma referência de como a colonialidade do gênero afastou e ainda afasta as mulheres negras do papel de produtoras da arte literária, mas também é símbolo de luta e resistência, por apresentar uma consciência dessa opressão do gênero/raça, quando não aceita o lugar de corpo objetificado.

Raffaella Fernandez

A III Jornada Feminismo Decoloniais em Questão – Manifesto Carolina(s): arquivos, memórias e resistências intelectuais amefricanas – ressalta a figura de Carolina de Jesus como símbolo decolonial de raça, gênero e classe. O evento aconteceu de forma híbrida entre os dias 7 e 11 de novembro de 2022, no auditório do Centro de Ciências Humanas (CCH) da UFMA – Universidade Federal do Maranhão, com transmissão pelos canais do Grupo de Estudos Carolina Maria de Jesus e do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade-Pgcult – realizadores do evento.

A Jornada é um evento gratuito que contempla grupos de estudos e pesquisas em Filosofia, Antropologia, Educação, Arte, Ciências Sociais, História, Letras e também grupos sobre feminismos, gênero e sexualidade, saberes ancestrais e cosmogonias, literatura feminista e epistemologias. Assim, reunimos membros de ONGs, defensoras e ativistas e organizações da sociedade civil, lideranças comunitárias e estudantes vinculados a cursos de ensino médio, graduação e pós-graduação.

O encontro teve o objetivo de fortalecer um novo campo de estudos e pesquisa, em torno das especificidades e epistemes decoloniais brasileiras e maranhenses, promovendo assim a ampliação dos debates e pesquisa no contexto do Sul Global.