Rita Laura Segato

É antropóloga argentina, reconhecida internacionalmente pelos trabalhos em torno do feminismo e da violência contra as mulheres. É professora emérita da Universidade de Brasília (UnB), onde lecionou entre 1985 e 2010. É titular da Cátedra Unesco de Antropologia e Bioética e coordenadora da Cátedra Aníbal Quijano do Museu Reina Sofia, na Espanha. Trabalhou como perito antropológica e de gênero no histórico julgamento da Guatemala, em que se julgou e condenou pela primeira vez membros do Exército pelos delitos de escravidão sexual e doméstica contra mulheres maias da etnia g’egchi, e foi convocada à Ciudad Juárez, no México, para expor sua interpretação em torno das centenas de feminicídios perpetrados no local.

Foi co-autora da primeira proposta de cotas para estudantes negros e indígenas na educação superior do Brasil, e co-autora, com 41 mulheres indígenas, da primeira proposta de políticas públicas para mulheres indígenas. Recebeu diversos prêmios, entre eles o Prêmio Latinoamericano y Caribeño de Ciencias Sociales CLACSO 50 Años, concedido pelo Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais em 2018.

Entre as suas obras estão Estruturas elementares da violência (2003), A nação e seus outros (2007), A guerra contra as mulheres (2017), Crítica da colonialidade em oito ensaios (2016), Contra-pedagogia da crueldade (2018). Em 2021 o conjunto de suas obras começa a ser publicado no Brasil pela Bazar do Tempo.